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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Ginger no Roses                 

Navegando por aí, nesse nosso imensurável universo internauta, eis que me deparei com uma notícia muito interessante. Ou ao menos parecia. Afinal, conseguir escolher um filme no famoso site ultimamente mais comentado por aí, tornou-se um mito. Alguns dizem não conseguir cumprir a tarefa em menos de duas horas. Bom. Eu confesso, que passei algumas vezes por certa indecisão, no momento crucial da escolha, mas, na dúvida, começo a ver um qualquer e se depois de uns dez minutos se não estiver gostando da trama eu troco, por outro. Até porque, se um filme vai realmente conseguir prender a sua atenção, ele vai fazer isso muito antes dos dez minutos, talvez nos primeiros sessenta segundos do início. Quase como em uma regra estranha, das propagandas que pretendem vender produtos, por isso precisam causar encantamento logo de cara. A real, aqui, é que descobri do pior modo. As vezes insistimos no erro, achando que no decorrer da trama, vai mudar alguma coisa e finalmente conseguir te fazer mudar de ideia sobre tudo que você viu até o instante. O problema é que - vai por mim. - "Isso não vai acontecer". É fato! Como ia dizendo, estava eu, navegando pela net, quando pensei ter encontrado um achado. A chamada era a seguinte: "20 filmes perfeitos escondidos no... N". Não vou citar o nome, porque não vem ao caso. A questão é que, para qualquer amante de bons filmes, essa é o tipo de chamada muito apelativa. Afinal, quem não quer saber o que ta rolando na cabeça das outras pessoas, sobre os filmes que estão em alta por aí, ou apenas encontrar a trilha perfeita, indicada num site bacana, ou ainda, mesmo ter a opção de escolher apenas entre vinte, no lugar de centenas de outros, não é mesmo? Quem consegue resistir a uma boa crítica de um filme que jamais pensaria em assistir e no final, quem nunca deixou de ver, alguma coisa porque desanimou com os vários péssimos comentes, sobre aquele filme que estava super animado para ver. Ou mesmo série. Mas é evidente, que com uma chamada dessas eu precisava dar uma olhadinha, para ter certeza de que não tinha visto nenhuma dessa promessas de perfeição ainda. Então super animada, entrei lá e dei um confere básico na lista. Confesso (novamente, sem confissões de adolescente), que não tinha visto nem mesmo "um" dos prometidos da vez. Isso me surpreendeu. Pensei logo. Oba! Me dei bem hoje. Tenho uma lista de vinte maravilhas do mundo (que não estão entre as sete, mas tudo bem, ainda são boas promessas) para deitar e apreciar sem moderação.  Eis que na capa do post, um banner enorme com a foto de um dos filmes, fazia instantaneamente um concerto em perfeita sintonia com o que dizia o título da postagem. Uma visão extraordinária, para bons amantes de fotografia, que transmitia parecer realmente ter encontrado o lugar da vez. A imagem, falava mais sobre o filme, do que todos os oitenta e nove minutos do filme em si. Com todo o respeito aos idealizadores, produtores e qualquer pessoa que tenha trabalhado por esse projeto, me perdoem pelo que sinto-me na obrigação de falar agora. Mas "Ginger e Rosa" foi uma "total perda de tempo" e provavelmente muita energia de bons profissionais envolvidos por algo tão banal. História vazia, que trás o drama de duas adolescentes sem conteúdo algum, sendo contada tendo como pano de fundo "muito superficialmente" (diga-se de passagem) a triste época em que antecedeu a ocorrência da bomba nuclear de Hiroshima. Quando li e associei a imagem a sinopse, acreditei tratar-se de uma história super emocionante, pensei que a amizade das duas meninas, as levaria a passar por momentos intrigantes. Mas nos primeiros minutos, já deu para perceber, que era um ledo engano. Pois, apenas uma delas, possui um algo um tanto singular, que é totalmente deturpado pela hipocrisia que contém a outra, em todo o enredo da trama. Desculpem-me o palavreado. Mas uma droga. E é aí, que vem o direito de escolha e expressão. Quer dizer, eu não gostei. Nem um pouco. Assisti até o fim, com aquela frívola esperança de que alguma coisa muito incrível ainda podia acontecer no minuto seguinte, mas não aconteceu. O que só vem a provar, que nosso mundo é um universo pleno, cheio de pessoas, que tem gostos e visões diferentes umas das outras. E precisamos respeitar isso. No entanto, resolvi deixar a minha aqui, para que se alguém tiver a sorte de ler, antes de ver a esse filme, possa ter a opção de escolher antes de assistir. Espero não ter ofendido ninguém, pois também não foi a minha intenção. Afinal "vivemos num país livre. Ou ao menos, é o que pensamos". 

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